“Comer é uma tortura!”. Essa frase foi dita por Daiana Garbin no programa da Eliana em matéria sobre a doença da beleza. Para alguns o ato de se alimentar envolve muita dor e culpa. Culpa por comer além do que acredita ser o necessário ou pela quantidade de comida absurda para uma única refeição. Comer deixa de ser uma ação prazerosa e saudável quando o medo de engordar domina todas as esferas de vida. Há a culpa por exagerar (exagero real ou imaginado) e a culpa por comer um determinado tipo de alimento proibido. O sentimento de transgressão leva uma ação rotineira a se tornar um martírio.
Os excessos foram tema de matéria do Programa da Eliana apresentado dia 21/08/2016. A matéria “Quando a vaidade leva à dor: conheça a doença da beleza” ressalta as dores do excesso de vaidade, do medo de engordar e ficar fora do estereótipo de beleza. Um dos tormentos de quem se preocupa demais com a aparência é o transtorno dismórfico corporal, no qual a pessoa se vê com uma autoimagem distorcida. Nesse transtorno é comum se ver muito acima do peso (anorexia) ou estar com um peso e se ver muito abaixo dele (vigorexia). Alguns exemplos aparecem nas imagens abaixo, divulgadas no Programa.
De fato, a vaidade excessiva pode conduzir à dor, a várias doenças e transtornos. Dentre os transtornos alimentares pode-se falar da anorexia, bulimia e compulsão alimentar periódica. Só não é viável descrever esses transtornos como doenças da beleza. Beleza não é sinônimo de magreza, nem de um padrão estético específico. Beleza é algo muito amplo e a noção de belo muda com o tempo. Basta lembrar que para alguns o corpo belo é o musculoso, para outros o esbelto e para outros muitas curvas. Valorizar a própria beleza não adoece ninguém, pelo contrário, é uma vacina de autoestima que protege de muitos males. Comer não precisa ser uma tortura.