Uma breve consulta ao Google e já sabemos quais alimentos são recomendados por sites que falam de nutrição. Para cada tipo de doença há descrições de quais alimentos evitar e quais ingerir com maior frequência. Diante de tanta informação sobre as qualidades dos alimentos um comportamento passou a chamar a atenção, o excesso de atenção à pureza dos alimentos e exorbitância de regras visando alimentação saudável. A essa situação é dado o nome de ortorexia.
A ortorexia não é reconhecida como um transtorno alimentar pelos manuais de classificação de doenças e transtornos mentais. Em diferente situação estão os transtornos alimentares, que são vistos com cautela pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Associação Americana de Psiquiatria (APA). No entanto, algumas áreas da saúde têm acompanhado os comportamentos ortoréxicos com bastante atenção.
Rituais fixos ao cozinhar, como o uso exclusivo de um determinado tipo de material (como só cerâmica ou madeira);
Seleção e preparo de alimentos consome muitas horas do dia da pessoa, todos os dias;
Na falta de alimentos considerados puros, opta-se pelo jejum;
Há uma preocupação constante com a perfeição;
Adeptos de modismos alimentares;
Pessoas de hábitos alimentares alternativos como vegetarianismo e dieta macrobiótica e
Atletas que se dedicam a esportes como fisiculturismo e atletismo.
Não há dúvida de que o exagero costuma fazer parte do Comportamento Alimentar Transtornado. Parece estranho que a busca por alimentação correta desencadeie um transtorno alimentar. Porém, o excesso de preocupação com saúde também leva a outros transtornos como a hipocondria.
A exigência inflexível de ingerir apenas alimentos biologicamente puros costuma levar a pessoa a uma enorme restrição alimentar e, com isso, a falta de nutrientes. Outra consequência associada é o afastamento de outras pessoas com outros hábitos alimentares, gerando isolamento.
Ortorexia apresenta a fachada de procura incessante por saúde, mas se trata também de pretensão de perfeição. Ter uma alimentação equilibrada trás ganhos para a pessoa, mas viver sobre regras tão fixas sobre o modo de se alimentar pode levar ao sentimento crônico de frustração e ansiedade.
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